A tão sonhada democratização da comunicação começa a se tornar cada vez mais real e a ganhar cores inesperadas. Tudo isso está acontecendo em um mundo virtual, que está se tornando a casa, o escritório e o espaço de entretenimento de muitas pessoas: a internet. Este fenômeno se tornou possível a partir de uma rápida mutação nas características da World Wide Web, que deixou de ser apenas uma revolucionária ferramenta de buscas, pesquisas, comunicação - e vitrine de empresas - para se tornar um ambiente de interações, de convívio, de manifestações, compartilhamentos… Enfim, de infinitas possibilidades.
Esta mutação é a passagem da web 1.0 para a sua segunda etapa: a web 2.0. Se antes a rede girava em torno do comércio eletrônico, hoje, sua figura central é você, sou eu, são eles, somos nós. Com a web 2.0, o usuário pode, cada vez mais, interferir, interagir, modificar e adaptar suas páginas e aplicações.
Neste espaço cada vez mais democrático, qualquer pessoa que possua um computador e uma conexão com velocidade razoável pode mergulhar, literalmente, em um novo mundo, que muda em velocidade vertiginosa.
Esta mudança começou com a criação das redes sociais, nos anos de 2003 e 2004. Sites como o facebook, orkut e tagged funcionam como vitrines de usuários, onde todos podem ver e serem vistos. Em pouco tempo, milhões de pessoas começaram a participar dessas redes. Hoje, é raro encontrar algum internauta que não esteja em pelo menos uma delas.
Outros exemplos de sites baseados na colaboração de usuário são o youtube, a Wikipedia e o Flickr. O primeiro permite que o usuário “lance” para o mundo vídeos que ele mesmo produziu. O segundo é uma biblioteca virtual, cujo conteúdo é escrito e postado por seus usuários. O terceiro é uma espécie de “album de fotos” virtual, onde qualquer pessoa posta suas imagens.
Mas, como tudo tem um preço, os sites também precisam de “receita” para sobreviver. O Wikipedia, por exemplo, conta com doações de seus usuários para manter seus serviços de matutenção, hospedagem e edição de conteúdo. Aqueles que abrem espaço para a publicidade conseguem ser auto-sustentáveis.
Em meio a tanto entusiasmo e novidades, também surgem as dúvidas e críticas: Quem cuida dessa terra sem leis? Qual é a segurança desse meio? Como posso confiar em informações postadas por qualquer um? Ou que podem ser maliciosamente editadas por usuários mais cruéis e habilidosos?
Mas os internautas mais apaixonados defendem o meio com unhas e dentes. Garantem que conseguem se manter “seguramente” informados por meio de páginas confiáveis, e que se cria um tipo de fidelidade entre emissores e receptores. Afinal, em nosso “mundo sensível”, também estamos passíveis de inúmeros riscos.
Enquanto alguns discutem, outros agem. Inúmeros internautas encontraram em suas páginas sociais um porto seguro, onde podem ganhar dinheiro, amigos e até uma identidade. Não são poucas as pessoas que começaram relacionamentos bem sucedidos ou que ficaram ricos, através da web.
Exemplo disso é o Mr.BabyMan, (Andrew Sorcini no “mundo real”), o usuário mais popular do site digg, que dedica entre três a quarto horas diárias para enviar noticias para seu site, e que já chegou a receber mais visitas do que o site do jornal New York Times. Questionado sobre como é ser um “digger”, Andrew garante que vive a vida como qualquer outra pessoa. E ele está certo. A cada dia, mais e mais pessoas se mudam para este novo mundo chamado web 2.0.
Muito legal o seu texto Fernanda. Ótimo para quem cai de para-quedas na internet. Vc também colocou questões bem interessantes. Difícil é responder: "Quem cuida dessa terra sem leis? Qual é a segurança desse meio? Como posso confiar em informações postadas por qualquer um? Ou que podem ser maliciosamente editadas por usuários mais cruéis e habilidosos?". Acho que esta é mais uma grande faceta da Web 2.0, cada leitor passa a ter mais responsabilidade sobre o que lê. E acredita no que quiser.
ResponderExcluirbeijos da sua colega de curso. Flavia Garcia (http://jornalismodoispontozero.wordpress.com)